sexta-feira, 3 de agosto de 2012

BERNARDO CRUZ E O CORSO DE TERESINA








B E R N A R D O   C R U Z
De: Antonio Carlos/Osnir Veríssimo/Ézio Fernandes
Interpretação: CONJUNTO OS PRATEADOS
(CLEMILTON, ANTONIO CARLOS E OSNIR)

Bernardo Cruz
Costura, costura
Pra dentro e pra fora                              
No carnaval
Rebola, rebola
Paquera e namora

Da Palmeirinha
A Frei Serafim
Pelas esquinas
E nos botequins
Bebe conhaque
Com amendoim
Roda a baiana
Pro seu arlequim

“Agulha de ouro”
Faz terno bacana
Cai na gandaia
Liso sem grana
Na quarta-feira
“Tesoura” a fulana
De sua choupana

Todo mundo querendo puxar
Sua peruca de pega rapaz
Os culpados dessa confusão                   
“Será quem foi?”
- Zé de Moura, Valdênio e Chicão!



Bernardo Cruz, filho do Maranhão, foi acolhido por nós teresinenses no ano de 1955. Tornou-se um alfaiate famoso e muito solicitado pela alta sociedade (políticos) de nosso Estado e também conhecido no Senado e Câmera Federal pelos seus belíssimos ternos.
O carnaval era a sua grande paixão. Bernardo Cruz foi o primeiro homem a se vestir de baiana e desfilar pelas ruas de Teresina. Seu aperitivo favorito era Conhaque São João da Barra e tira gosto de “mindubi”.
Mesmo com todo talento, Bernardo Cruz vivia em precária situação financeira. No final da década de 90, mudou-se para a Cidade de Timon e logo depois veio a falecer.



Remota lembrança de um corso



26 de Fev de 2012


Decididamente, não me afino com as chamadas festas populares. São João, Natal,Révellion e Carnaval poderiam sair do calendário sem alterar minha rotina. Antes que me atirem pedras, uma explicação: não tenho nada contra festas grandes ou pequenas. Tenho tudo contra a alegria compulsória. A obrigação de parecer feliz para estar em sintonia com o rebanho é o que me desagrada. Em outro momento, já afirmei que pesco as minhas alegrias em águas rasas com anzol de linha curta. Não persigo a felicidade como escafandrista ou alpinista em busca de recorde; limito-me a fruí-la, em doses homeopáticas, quando ela decide visitar-me. Nada além.

Voltemos ao tema que deu origem a essa arenga. Recém-chegado a Teresina, eu não sabia da existência da palavra corso.Eis que, numa tarde de fevereiro, ouvi o som de uma marchinha tocada por uma charanga desafinada. À época, eu morava na Des. Freitas, mais conhecida como Rua da Estrela. Corri para a porta e deparei-me com o tal corso. Na verdade, meia dúzia de carros, algumas carroças, uma centena de pedestres sujos de talco, Maizena, farinha de trigo e coisas menos nobres. Nas calçadas, a plateia atirava papel picado, serpentinas e esguichava líquido das mais diversas procedências. A maioria dos foliões era constituída de homens fantasiados de mulher. Lá pelas tantas, despontou a grande estrela da festa: um cidadão negro, meio roliço, idade inescrutável, fantasiado de baiana. Como uma porta-bandeira, sem a companhia do mestre-sala, fazia evoluções,parava, sorria e mandava beijinhos para a plateia, que ia ao delírio. Era Bernardo Cruz, alfaiate por necessidade e folião por gosto e vocação.

Consta que, num certo carnaval, Bernardo Cruz não desfilou. Consternação geral: sem a figura da baiana rechonchuda, o corso era apenas um mela-mela. Dias depois, no famoso Restaurante Sapucainha, um médico brincalhão encontrou-se com o Bernardo Cruz. Não se conteve:

- Bernardo, você quase acabou com o carnaval de Teresina!

- Eu sei, mas eu também quase morri, doutor. Você não soube?

-Não. O que aconteceu?

- Fui atropelado por uma carroça. Passou por cima do meu pé!
- Peraí, Bernardo, isso é motivo suficiente pra matar alguém?
- Não, doutor, mas quando vi o estrago no pé resolvi me matar!
- Matar-se?!
- Doutor, você já viu vedete e cavalo de corrida fazerem sucesso mancando? É melhor uma morte honrosa...
Festas pobres para uma cidade pobrezinha. A cidade cresceu e tudo mudou: este ano, se bem entendi, o corso de Teresina entrou para o Guinness Book como o maior do mundo. Não sei exatamente o que isso representa para a cidade, mas pela repercussão, deve ser algo muito importante. Brava gente!

Texto: Professor Cineas Santos

segunda-feira, 30 de julho de 2012

VILA OPERÁRIA - FUTEBOL

Quincas, um hexacampeão com a camisa tricolor 

Ao tempo em que o River amarga cinco anos sem ganhar um título de campeão piauiense, nada melhor que recordar, para a torcida tricolor, uma época em que o Galo foi seis vezes consecutivas o campeão do Piauí. E a lembrança vem acompanhada de um dos seus mais ardorosos defensores - o lateral esquerdo Quincas.

Residente à Alameda Parnaíba, na Vila Operária, zona norte da capital piauiense, Joaqum José da Cruz - este é o verdadeiro nome de Quincas - está com 76 anos (nasceu a 20 de março de 1936). Do final da década de 1950 ao início da seguinte, disputou várias edições do Campeonato Piauiense e alguns amistosos importantes.

Um dos jogos que recorda com muita satisfação é o empate de 2 a 2 entre River e Botafogo do Rio, quando ele marcou o lendário Mané Garrincha. "Ele não andou nesse dia. Foi bem marcado por mim e pelo Tassu", afirmou, certa vez, ao recordar o dia em que esteve frente a frente com o saudoso ponta direita do Botafogo do Rio e da Seleção Brasileira.

Quincas fez parte do time do River na segunda fase do histórico "Eterno Campeão", oportunidade em que conquistou seis títulos consecutvos de campeão piauiense. Encerrado o ciclo de glórias com a camisa tricolor, ele ainda atuou no Auto Esporte e no Botafogo, pendurando as chuteiras logo depois.

Aposentado, Quincas reside à Alameda Parnaíba, no bairro Vila Operária. (Foto: Severino Filho - Buim)

O Eterno Campeão: Ventura, Murilão e Quincas (em pé); Marcos, Antônio Luis e Zequinha Furtado (agachados).

CLODO, CLIMÉRIO E CLÉSIO


Foi enterrado, na tarde de 7 de julho de 2010, o músico, poeta e professor aposentado da UnB Clésio Ferreira. Ele morreu, aos 65 anos, de insuficiência respiratória. O sepultamento aconteceu às 16h no Cemitério Campo da Esperança, Brasília.

Clésio fazia parte de um trio musical formado por ele e por dois irmãos, Clodomir e Climério Ferreira. O grupo, chamado de Trio Piauí, gravou seu primeiro disco em 1977. Clésio é autor de Revelação, o primeiro sucesso do cantor Raimundo Fagner. Também escreveu, com os irmãos, as músicas Por um Triz, gravada por Nara Leão, e Caxinguelê e Dia Claro, interpretadas por Dominguinhos. (Com dados do blog de Luis Nassif).

(Recordo-me da ênfase com que o poeta William Melo Soares louvou, há alguns meses, a simplicidade desses três angicalenses...).

MOTORISTA GREGÓRIO




Plácida Maria da Costa, antiga namorada de Gregório 

Cadeia de Barras (PI), onde Gregório foi preso

A SAGA
O Motorista Gregório, ou Finado Gregório, como alguns preferem chamar, é um personagem enigmático que foi martirizado aos 18 anos de idade, no dia 17 de outubro de 1927. Até hoje a história de Gregório atrai centenas de romeiros, especialmente durante o período próximo do dia dos finados. Em Teresina, capital do Piauí, está localizado seu túmulo e também monumentos dedicados ao finado, locais que se transformaram em ponto de romaria.

O INÍCIO
Há muitos anos atrás começou a saga do jovem Gregório Pereira dos Santos, que nasceu na Paraíba e viveu em Barras, cidade a 119 km de Teresina. Nessa época a região de Barras possuía apenas um veículo, que pertencia a um comerciante e depois passou a ser propriedade da paróquia de Nossa Senhora da Conceição. 

A paróquia era coordenada pelo Monsenhor Lindolfo Uchôa, que estava se preparando junto com autoridades da cidade para receber a visita de D.Severino Vieira de Melo, bispo diocesano de Teresina. O jovem Gregório trabalhava como motorista para o padre Uchôa e foi encarregado de conduzi-lo junto com algumas autoridades locais na viagem em direção a capital, onde buscariam o bispo e o trariam até Barras. 
O ACIDENTE
Na saída de Barras, quando o grupo partia em direção a Teresina, Gregório teve a infelicidade de se envolver num acidente que mudaria sua vida. Gregório atropelou uma criança distraída que andava pela rua. Como ainda estava se recuperando de uma doença, o menino atropelado não resistiu aos ferimentos do acidente e terminou morrendo. A morte do garoto causou muita comoção e revolta na cidade. Para piorar a situação de Gregório, o menino era filho do tenente-delegado de Barras, Florentino Cardoso, conhecido pela sua braveza.


Ao tomar conhecimento da morte do filho, Florentino mandou prender o pobre motorista e descontou nele toda a sua indignação. Gregório foi torturado por três longos dias na prisão, sem receber comida nem água. 

Ainda tomado pela dor da perda do filho, o delegado trouxe Gregório acorrentado até Teresina. Ao longo de todo o percurso, Gregório implorava por água, mas era inútil, pois nada amenizava o desejo de vingança de Florentino.

O MARTÍRIO
Ao chegar em Teresina, às margens do Rio Poty, no trecho que divide os bairros Cabral e Porenquanto, Florentino acorrentou o sedento motorista no tronco de uma árvore e o executou com três tiros nas costas. Gregório perdeu a vida diante das águas do Rio Poty, mas como estava amarrado, morreu implorando por água.

A DEVOÇÃO
A partir desse fato, algumas pessoas comovidas e testemunhas do assassinato começaram a deixar garrafas de água aos pés da árvore, na esperança de aplacar a sede do motorista. Ao longo do tempo, o finado Gregório foi ganhando devotos e ficando conhecido por atender os pedidos de devotos. Agradecidos pelas graças alcançadas, muitos fiéis continuam a deixar garrafas d'água, velas e ex-votos em sinal de agradecimento pela interseção divina do finado Gregório.
Texto: Rafael Nolêto
Túmulo de Gregório

O corpo de Gregório foi enterrado no Cemitério São José, localizado em Teresina, entre os bairros Matinha e Mafuá. Além de garrafas com água, também é comum encontrar esculturas de madeira, bilhetes e outros tipos de ex-votos no túmulo. O fluxo de visitantes é maior durante as segundas, pois segundo a crença popular, é o dia dedicado ao culto das almas benditas.



Árvore do Martírio
É a árvore onde Gregório foi preso e executado. Uma enorme árvore centenária. Aos pés dela os fiéis depositam pedidos e deixam ex-votos como agradecimentos. Várias placas com diversos agradecimentos são colocadas no tronco da mesma, como é possível ver nas fotos a seguir.


Cruzeiro da Avenida 
Localizado no canteiro central da avenida Frei Serafim, a principal avenida de Teresina. No local são acesas velas e depositadas garrafas com água.


Monumento da Gota d'água
Localizado às margens do Rio Poty, na avenida Marechal Castelo Branco. O monumento em forma de gota d’água foi construído em 1983 e o fluxo de visitantes aumenta durante o dia dos finados. A gota d'água representa a sede de Gregório, simbolizando os obstáculos e metas que todos possuem. A cruz representa a fé e a esperança de alcançar as metas.


Oração ao Finado Gregório

Eu, (seu nome), humilde servo de Deus
peço para que, com a intercessão do Finado Gregório,
dos Anjos e das Almas Benditas
Eu possa ter atendida a graça de (fazer o pedido)
Que a bondosa alma do mártir Gregório Pereira
interceda diante dos Anjos
para que eu alcance minha graça
Prometo que dedicarei água para aplacar sua sede
e acenderei uma vela para confortar sua alma.
Que nada de mal me ocorra
e que minhas preces sejam ouvidas
Rogo a Deus pelas Almas
dos aflitos e desesperados
que morreram com sede, fome, ou de forma sofrida
Rogo a Deus e ao Divino Espírito Santo
Que lhes dêem luz
Rezo ao Finado Gregório, Mártir Milagreiro
Rogai a Deus por nós
Que rogaremos a Deus por vós
alcancai para nós
Os favores que vos suplicamos
Com fé hei de vencer
pela eficiente ajuda do Finado Gregório
(sinal+da+cruz)
Rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Credo


SR. CORNÉLIO E SEU FAMOSO PÃO DE QUEIJO

 
O comerciante Cornélio Evangelista está há mais de 40 anos no mesmo ponto do Centro da cidade e garante que todos os dias são vendidos mais de 80 pães de queijo. "Naquele tempo, aqui era o 'point' onde rapazes e moças se encontravam para paquerar. Hoje, o movimento caiu, mas tenho clientes fiéis", disse.

O segredo do negócio, segundo Cornélio, começa na massa do pão. "A receita da massa é secreta. Só quem sabe sou eu e minha filha", disse. A receita do pão de queijo foi aperfeiçoada pela esposa do comerciante, que já faleceu. Hoje, Cornélio tem 91 anos e uma vitalidade de dar inveja. "Venho trabalhar às 7 horas e fico até o final da tarde. Eu que amasso o pão", diz. Ele conta que quando sua esposa era viva havia mais opções de lanches, já que era ela quem tinha "mãos de fada" na cozinha.

"Todos os doutores passaram por aqui. Um dia desses o governador veio comer o pãozinho. Disse que estava matando a saudade", afirmou. A foto do governador, bem como do ex-prefeito de Teresina, Firmino Filho, estão guardadas em um local especial da lanchonete, que reúnem as lembranças de Cornélio. Medalhas, recortes de matérias de jornais, também dividem o mesmo espaço das fotografias. Entre os porta-retratos um é mais especial: o que traz a foto da esposa do comerciante. "Ela era muito linda", suspira, apontando para a foto.

Cornélio conta que já foi presidente do Conselho Regional de Contabilidade por três vezes, mas que hoje está aposentado. Ele trabalha com um funcionário, a mesma pessoa que recheia e fecha o pão diariamente. "Eu amasso e ele fecha", completa. Entre as inúmeras histórias contadas pelo comerciante está a visita do político Leonel Brizola. "O Brizola passou por aqui e queria saber onde tinha pão de queijo. Ele queria do pão de queijo mineiro, redondo, mas acabou experimentando o meu. Ele gostou tanto que encomendou mais 20 para levar para o Rio Grande do Sul", diz.


O sucesso do pão, segundo Cornélio, ultrapassa as barreiras do país. "Há propaganda do meu pão de queijo nos Estados Unidos, na Alemanha. São pessoas que saem daqui e levam para fora", diz. 
Em 01/08/12, 09:33 

Quem mora ou trabalha na zona leste de Teresina vai adorar! Hoje vai ser inaugurado o Pão-de-Queijo do Seu Cornélio, o mais famoso da cidade, no coração da zona leste: bairro Jóquei Clube .

Essa é uma proposta de sociedade entre o empresário Felipe Fonseca e Euler Evangelista, neto do Seu Cornélio. Euler segue à risca a receita de Dona Adélia Salomão, que somente ele e a família possuem em segredo pois conviveram com ela. 

Sua localização será onde funcionava a Scuderia Devassa (Av. Joquei Clube 1030, em frente ao Banco do Brasil) e estará aberta a partir das 15h para o público.

Cornélio Evangelista da Costa, o Seu Cornélio, que completa 91 anos no próximo dia 28 de agosto, disse que não tem saudades de tempos atrás. “Gosto da zona Leste de Teresina pelos seus arranha-céus”, afirma.

Há 40 anos, ele se instalou no ponto mais badalado do centro da cidade, a esquina da Praça Pedro II com a Avenida Antonio Freire, a menor avenida do mundo, construída para homenagear o governador do estado entre 1910 e 1912. O cardápio ainda é o mesmo: pão de queijo e refrigerante. É ele mesmo quem cuida da lanchonete até hoje.

Fonte: http://www.cidadeverde.com/baiaodeduas/baiaodeduas_txt.php?id=44523


Morre 'Seu Cornélio', dono do pão de queijo mais famoso de Teresina

Empresário estava há seis meses em tratamento de saúde após duas quedas.
Lanchonete do piauiense foi visitada por alguns políticos como Lula e Brizola.

Do G1 PI
Faleceu nesta quinta-feira (26) em Teresina o empresário Cornélio Evangelista da Costa, conhecido pelo famoso pão de queijo que vendia há mais de 40 anos em uma lanchonete no cruzamento da Avenida Antonino Freire e Rua David Caldas, no Centro da capital. Aos 92 anos, “Seu Cornélio” tratava há seis meses de problema de saúde adquiridos após ter sofrido duas quedas. No momento de seu falecimento estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular.
'Seu Cornélio' do pão de queijo (Foto: Arquivo Pessoal)'Seu Cornélio' expandiu os negócios da família com a receita do pão de queijo (Foto: Arquivo Pessoal)
Dono de uma receita saborosa de pão de queijo, Seu Cornélio era uma personalidade na capital, sendo os seus pães conhecidos por quase todos os teresineses. A lanchonete simples e que mantém expostas louças de época foi visitada por alguns nomes da política nacional como o ex-presidente Lula e Leonel Brizola.
“O meu pai deixa um legado muito grande, todos o conheciam. Recebia gente de todo lugar e quem passava por Teresina ia até à lanchonete comprar o pão de queijo. O Brizola passou pela lanchonete, comeu o pão de queijo e chegou a encomendar vários e levá-los para Brasília. O Lula também esteve aqui e elogiou bastante o sabor do pãozinho”, contou Salomão Evangeslista, filho de seu Cornélio.  
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Seu Cornélio mostrando o que mais gostava de fazer (Foto: Arquivo Pessoal)
'Seu Cornélio' mostrando o que mais gostava de
fazer (Foto: Arquivo Pessoal)
Sobre a receita, do famoso pão de queijo, Salomão garante que o pai guardava o segredo da família há anos, mas revelou para que os filhos seguissem com o negócio. “Há alguns anos ele nos ensinou e disse para expandirmos os negócios. Foi quando abrimos uma filial na Avenida Nossa Senhora de Fátima, na Zona Leste de Teresina, mas ele pediu que não revelássemos a ninguém. Meu pai aprendeu a receita com a minha mãe, que é descendente de sírios”, revelou.
Salomão Evangelista disse ainda que a família está muito abalada com a perda. “Estamos muito tristes, meu pai era uma pessoa que todo mundo conhecia e gostava. Ele acompanhou vários gerações de jovens, adultos e alunos de escolas ali do Centro que sempre frequentavam sua lanchonete. É uma perda muito grande para todos”.
Além de ser um exímio culinarista e empresário, Seu Cornélio se destacou ainda como presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC) do Piauí nos anos de 1982 e 1983, sendo também diretor em várias outras administrações. 
O Corpo do empresário está sendo velado em uma funerária na Avenida Miguel Rosa, no Centro de Teresina. O sepultamento deve ocorrer às 16h desta quinta-feira (26) no Cemitério São Judas Tadeu, bairro São Cristovão, na Zona Leste da capital.
Fonte:http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2014/06/morre-aos-92-anos-seu-cornelio-dono-do-pao-de-queijo-mais-famoso-de-teresina.html

quinta-feira, 26 de julho de 2012

BAIRRO MAFUÁ


TERESINA SÉCULO XXI: Contrastes urbanos
Leituras da arquitetura e da cidade

O Mafuá é um dos mais antigos bairros da cidade de Teresina. Distante apenas cerca de 1 km do bairro Centro, conta com uma população de 2.861 habitantes (dados do censo IBGE/2010). Desde sua origem, tem-se visível a predominância do comércio como fonte de renda e fator condicionante da organização do bairro, fato que se comprova no histórico do bairro e na disposição das tipologias ao longo das ruas estudadas (o comércio se concentra na principal rua do bairro, a Rua Gabriel Ferreira).

 
RESTAURANTE DA MARIA TIJUBINA - RAPAZ NO PORTÃO

ANTIGA PONTE DO MAFUÁ - EM FRENTE O MERCADO MAFUÁ E AO LADO UMA SERRARIA E O RESTAURANTE DO MÃOZINHA
CRUZAMENTO DAS RUAS LUCÍDIO FREITAS COM QUINTINO BOCAIUVA

    A formação do bairro deu-se no início do século XX, por ocasião dos trabalhos de nivelamento da Estrada do Gado (Avenida Circular, hoje Avenida Miguel Rosa), para a colocação dos trilhos da estrada de ferro, que tinha a função de ligar Teresina a São Luís, capital do Maranhão.
    Na década de 1920, o responsável pela obra, capitão engenheiro José Faustino Santos e Silva, chamou a área de Mafuá, referindo-se às atividades de feira livre e à venda de comida aos trabalhadores no local da construção do parque ferroviário. Além disso, havia a necessidade da construção de uma ponte para manter o acesso do bairro ao centro da cidade, separado pelo corte. A palavra “mafuá” origina-se do francês ma foire, que quer dizer “minha feira”.
    Tudo começou quando, nos anos 30, o comerciante Augusto Ferro de Sousa chegou ao bairro trazendo com ele a prática do comércio e dando movimento às ruas Gabriel Ferreira e Amazonas, sendo assim considerado o pioneiro das atividades comerciais do Mafuá. Augusto Ferro possuía uma mercearia, chamada Quitanda Nova e uma sorveteria e picolé Amazonas, a qual permanece até os dias atuais. O comerciante era dono de um grande terreno no cruzamento das ruas Gabriel Ferreira e Amazonas, que circundava seus pontos comerciais e que, após ter sido dado início a atividade comercial na região, foi se vendo cercado de outros comércios a céu aberto, dando origem às feiras livres. Esses comércios não passavam de bancas simples, feitas de madeira, que não pagavam impostos ao governo, pois o terreno era de Augusto Ferro, então os impostos eram cobrados por ele.
Quando morreu, seu patrimônio, dividido entre os filhos, foi quase todo vendido, restando apenas o ponto de venda da sorveteria e picolé Amazonas, ainda tocado por um de seus filhos, chamado Herbert Ferro, junto com a esposa.
    Com o início do movimento do comércio, ainda que de forma precária e desorganizada, a Prefeitura Municipal de Teresina, em 1966, com o então prefeito Hugo Bastos, iniciou a construção do prédio destinado ao mercado público do Mafuá, na Rua Lucídio Freitas, que recebeu o nome de Tersandro Paz, passando também a ser conhecido popularmente como Mercado do Augusto Ferro. A partir daí, o bairro passou a ter um local estruturado e apropriado para o melhor desenvolvimento das atividades comerciais, que já vinham ocorrendo no antigo mercado do Augusto Ferro, onde se realizava a venda de carnes, frutas e verduras.
    Dentre os antigos restaurantes que existiam no bairro Mafuá durante as décadas de 1970 e 1980, destacou-se o restaurante de Maria Tijubina, o qual ficou famoso pela venda de comidas típicas nordestinas, atraindo não só a população do bairro, como também de outros bairros e até mesmo de fora da cidade. O restaurante foi instalado no início da década de 60, nas imediações da linha férrea, próximo à Praça Augusto Ferro. Hoje, o local não existe mais.
    Muitas transformações ocorreram influenciadas pelo fluxo crescente do comércio na região. De início, a região teve a quantidade de pontos comerciais e, com eles, a quantidade de domicílios aumentada. Hoje no local, temos também pontos comerciais bastante conhecidos em todo o estado, o Comercial Carvalho e a panificadora Modelo, que apesar de serem grandes empresas e que exercem forte concorrência, não há um monopólio da clientela local por parte destas, o que demonstra o quanto o bairro possui esse aspecto tradicional e até mesmo familiar (a maioria dos habitantes se conhece de nome e conhece a história do local em que vive, além de manterem o costume de fazer compras e tomar café no mercado.



ESCOLAS DE SAMBA RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO - TÍTULOS

Escolas de Samba Vencedoras nos Últimos Carnavais no Rio de Janeiro :
1998 - Mangueira e Beija-Flor
1999 - Imperatriz Leopoldinese
2000 - Imperatriz Leopoldinese
2001 - Imperatriz Leopoldinese
2002 - Mangueira
2003 - Beija-Flor
2004 - Beija Flor
2005 - Beija-Flor
2006 - Unidos de Vila Isabel
2007 - Beija-Flor
2008 - Beija-Flor
2009 - Acadêmicos do Salgueiro
2010 - Unidos da Tijuca
2011 - Beija-Flor
2012 - Unidos da Tijuca
Escolas de Samba Vencedoras nos Últimos Carnavais em São Paulo:
1998 - Vai-Vai
1999 - Vai-Vai, Gaviões da Fiel
2000 - Vai-Vai, X-9 Paulistana
2001 - Vai-Vai, Nenê de Vila Matilde
2002 - Gaviões da Fiel
2003 - Gaviões da Fiel
2004 - Mocidade Alegre
2005 - Império de Casa Verde
2006 - Império de Casa Verde
2007 - Mocidade Alegre
2008 - Vai-Vai
2009 - Mocidade Alegre
2010 - Rosas de Ouro
2011 - Vai-Vai

2012 - Mocidade Alegre

terça-feira, 20 de março de 2012

Judoca Sarah Menezes ganha música em sua homenagem no Piauí

Canção 'Sol de Sarah' homenageia atleta medalhista de bronze nos últimos dois campeonatos mundiais, que nasceu e treina em Teresina



A judoca Sarah Menezes, medalha de bronze na categoria até 48kg nos últimos dois campeonatos mundiais, recebeu uma homenagem especial no Piauí, estado onde nasceu e mora. A atleta de 21 anos virou tema de música.

Os compositores piauienses Francy Monte, Osnir Veríssimo e Francisco Magalhães escreveram a canção "Sol de Sarah" em homenagem à judoca, que treina em Teresina e é bicampeã mundial júnior. A letra faz várias referências ao judô, inclusive citando as pontuações do esporte, como yuko, wazari, ippon e até o koka, extinto pela Federação Internacional de Judô.

Confira a letra completa de "Sol de Sarah":

"Sarah ô ô ô Sarah Opala pedra rara trilha do sol de Sarah, céu do Brasil e além mares, brilha estrela Antares

Coragem índia dispara, medalha flecha certeira, dom Expedito de ser guerreira, arte e manhas prepara

Ginga linda no dojô mais uma flor do sertão, corpo e alma no judô sob o luar do Japão

Sarah ô ô ô Sarah

Tatame luta lida com golpes iguais à vida, pontos de luz fazem histórias tombos de perdas e glórias

Caminho suave viagem, koka, yuko, wazari, ippon completa sua vantagem, nada que se compare"

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Carnaval 2012 em Teresina será investigado pelo Ministério Público

Presidente da Fundação, Marcelo Leonardo, afirma que o órgão não foi notificado
02/02/2012 às 10:36h
O Ministério Público do Estado do Piauí vai apurar eventuais irregularidades na disponibilização de recursos públicos para a realização do Carnaval 2012 de Teresina.
Tudo isso se deve as notícias veiculadas nos meios de comunicação acerca da realização do Carnaval 2012 de Teresina, anunciando a inscrição de blocos e foliões, concursos de marchas carnavalescas, eventos organizados pela Fundação Cultural Monsenhor Chaves, configurando a eventual aplicação de recursos públicos para atividades carnavalescas.
O servidor público José Claudeir Alcântara foi nomeado para efetuar os trabalhos de secretaria, sob a portaria 001/2012, do dia 18 de janeiro de 2012, pela Promotora de Justiça da comarca de Teresina, Leida Maria de Oliveira Diniz.

Essas investigações são para verificar a utilização de recursos referentes a realização do carnaval de Teresina em 2012 e trata a respeito de concurso de marchas carnavalescas cuja premiação e investimento é dinheiro publico.

Outras denuncias são referentes à administração da ex-presidente da fundação Laurenice França. Segundo Josélio Sálvio de Oliveira, diretor jurídico do Sindicato dos Músicos do estado do Piauí (Sindmúsicos), várias denuncias já foram feitas ao MPE. “Há algum tempo a fundação tem contratado de forma irregular pessoas que não tem nada haver com a cultura, e tudo isso culminou na saída da ex-presidente”, disse.

A Associação dos Colaboradores da Cultura de Teresina (ACCT), que teria a finalidade de controlar esses contratos, foi alvo de denuncias, tendo sido verificado uma série de irregularidades até setembro de 2011. O presidente da Fundação Cultural Monsenhor Chaves, Marcelo Leonardo, afirma que o órgão não foi notificado. “Ainda não recebemos nenhuma notificação, assim que recebermos, vamos nos manifestar, mas desde já a fundação estará à disposição”, disse.

Há informações de que essa denuncia partiu de líderes das escolas de samba, não satisfeitos por este ano a fundação não ter liberado a verba para realização do desfile.


Fonte: http://www.180graus.com/cultura/carnaval-2012-em-teresina-sera-investigado-pelo-ministerio-publico-493385.html

Resultado dos carros do Desfile do Corso de Zé Pereira de Teresina 2012

1° colocado: “O Caminhão das Cavernas”, de Ruama Coelho Frota Bonfim
2° colocado: “Era Discorso”, de Greiciane Barros de Oliveira
3° colocado: “Hoje é dia de Rock”, de Marcelo Ricardo de Sousa Lima

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CLASSIFICAÇÃO DOS BLOCOS QUE DESFILARAM NO CARNAVAL DE TERESINA 2012

COLOCAÇÃO
BLOCOS
PONTUAÇÃO
01
FILHOS DA ÁFRICA
132
02
BAIÃO DE BOI
102
03
NÓS TUDINHA
101,5
04
LÍNGUAS VENENOSAS
100,5
05
MOLE NÃO ENTRA
100
06
PIAUÍ SAMBA
99
07
GUERICÓ
97,5
08
AMIGOS DO CABRAL
97
09
TABACO ROXO
83,5
10
TREME TERRA
83