quinta-feira, 28 de julho de 2011

SAMBA DE ENREDO - HISTÓRIA E ARTE

"Samba de Enredo - História e Arte 
Sinopse - Samba de Enredo - História e Arte

(Contra-capa)"Entre as espécies de samba, o samba de enredo é certamente a mais impressionante. Porque não é lírico - no que contraria uma tendência universal da música popular urbana. E porque integra o maior complexo de exibições artísticas simultâneas do mundo moderno: o desfile das escolas de samba.Mais do que isso: porque o samba de enredo é um gênero épico genuinamente brasileiro - que nasceu e se desenvolveu espontaneamente, livremente, sem ter sofrido a mínima infuência de qualquer outra modalidade épica, literária ou musical, nacional ou estrangeira. (...)Este livro foi escrito por amor, porque somos apaixonados pelo Rio de Janeiro, pelo carnaval carioca, pelas escolas de samba, pelo samba de enredo. Consideramos este gênero o maior.

Um gênero épico: é assim que o historiador Luiz Antonio Simas e o escritor Alberto Mussa descrevem o samba de enredo nesta bem escrita e documentada história. Trata-se, afinal, de canções que exaltam a nacionalidade (a União das Escolas de Samba, criada em 1934, alinhou-se logo às políticas nacionalistas de Getúlio Vargas). Entusiastas do samba, Mussa e Simas examinam a evolução histórica e artística do gênero - e acusam sua decadência a partir dos anos 90, quando a aceleração dos desfiles e da bateria conduziu ao "desvario rítmico". Bom de ler, Samba de Enredo serve também como obra de referência para os apreciadores de música popular: traz uma lista dos sambas-enredo do Carnaval carioca, ano a ano, apanhados curtos da trajetória das principais escolas de samba e biografias breves de compositores como Didi e Silas de Oliveira.


Os sete melhores sambas de enredo de todos os tempos, segundo Luiz Antonio Simas (cantando na foto acima) e Alberto Mussa, autores do livro Samba de Enredo - História e Arte: 

• “61 anos de República”, do Império Serrano (1951) – “É o primeiro samba que traz todas as características de samba-enredo. É uma narração épica, com melodia suave”, diz Mussa.

• “Seca do Nordeste”, de Tupi de Brás de Pina (1961) – “A escola já nem existe mais. Foi a primeira vez que foi retratado o problema da seca do Brasil num samba de enredo. Jamelão acreditava ser esse o maior samba de todos os tempos”, afirma Mussa.

• “Navio Negreiro”, do Salgueiro (1957) – “Foi a primeira vez que a escravidão foi retratada com ênfase na grandeza da violência”, analisa Simas.

• “História do Negro no Brasil”, mais conhecido como “Sublime Pergaminho”, da Unidos de Lucas (1968) – “Nesse samba a abolição dos escravos não foi atribuída unicamente à Princesa Isabel, mas à luta dos próprios negros. É um ponto de vista de um fato histórico”, afirma Simas.

• “Os Sertões”, da Em Cima da Hora (1976) – “É uma demonstração de que samba não precisa ser feito para as pessoas ficarem alegres. Além de resumir muito bem a belíssima obra de Euclides da Cunha”, diz Mussa.

• “Glória e Graça da Bahia", do Império Serrano (1966). “É um incrível samba do Silas de Oliveira. Me causa comoção, pela letra que possui. É monumental”, diz Simas.

• “Chico Rei”, do Salgueiro (1964) – “Sintetiza a revolução que a escola viria a fazer naquela década, em termos de estrutura de carnaval. Além de ser, entre todos os sambas de temática afro, o mais bonito”, afirma Simas.
enviada por Bruno Ribeiro

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