sexta-feira, 22 de julho de 2011

HISTÓRIA DO CARNAVAL - PIAUÍ DÁ SAMBA

Estudo resgata a história do carnaval piauiense

O piauiense Francisco Pereira pesquisou sambistas e carnavalescos e reuniu os sambas-enredos em CD que foi lançado em 26.02.2003, no Clube dos Diários.

Na década de 40, em Teresina, as escolas de samba dominavam o cenário e entre as agremiações sobressaíam os sambas-enredos que levavam alegria às ruas durante cada desfile. Disputavam espaço Império do Samba, Nova Escola de Samba, Piratas do Ritmo, dentre outras. Os anos se passaram, muitas escolas deixaram de existir, outras foram surgindo e uma parte da história local foi ficando para trás, esquecida pelo tempo e sem registro.

Agora, um apaixonado pelo samba desenvolve um projeto que promete retomar momentos marcantes da folia de Momo em Teresina. Francisco Pereira, que morou na capital nessa época de efervescência cultural, lembra com saudade desse período de ouro do carnaval. Buscando fazer um resgate histórico, ele lança hoje, a partir das 19 horas, na Galeria do Clube dos Diários, o CD "Piauí Dá Samba".

É um trabalho inédito que registra pela primeira vez composições dos fundadores das tradicionais escolas de samba de Teresina. São elas: Império do Samba, Escravos do Samba, Malucos por Samba, Bambas da Folia, Piratas do Ritmo, Nova Escola de Samba e Sambão.

Foi preciso mais de dois anos de pesquisa para que o CD ficasse pronto. Pereira, atualmente mora no Rio de Janeiro, e esteve algumas vezes por aqui fazendo um verdadeiro trabalho de pesquisa. Foi difícil localizar pessoas, fundadores das escolas e seus compositores. Não havia nada registrado. "Não foi fácil. Poderia até ter sido feito em menos tempo se tivesse tido apoio de entidades culturais, mas acabei fazendo tudo praticamente sozinho. Cheguei a localizar o fundador da escola Império do Samba, na cidade Ocidental, em Goiás. Foi um verdadeiro garimpo", comenta.

É possível perceber através das músicas um registro de uma Teresina no final dos anos 30 que organizava suas primeiras agremiações de sambistas. Jovens da periferia que encontram no samba uma diversão. Naquela época, as pessoas iam às ruas, fantasiados, tocando e cantando os sucessos de carnaval transmitidos pela Rádio Nacional, a partir do Rio de Janeiro e que se espalhava por todo o país.

Aqui, jovens se empolgavam com essa novidade e começavam a compor seus próprios sambas. Nasciam os compositores locais. Na década de 40 explodiam pela cidade as agremiações. A primeira foi a Nova Escola de Samba. Depois vieram muitas outras. Piratingas do Ritmo, Unidos da Palmeirinha, Escravos do Samba, Bambas da Folia e muito mais.

A cidade era só festa, do Poty Velho, passando pela Piçarra, Matinha, Vermelha, Vila Operária.

O início da década de 70 marcou o gradativo desaparecimento dessas agremiações, substituídas pelo surgimento de blocos e outras escolas de samba, o que acabou tirando das novas gerações a oportunidade de conhecer a história do carnaval piauiense.

Fonte: Jornal Meio Norte

3 comentários:

  1. meu amigo onde eu arranjo a cópia deste cd,meu pai foi mestre de bateria da antiga escola de samba ZIG-ZAG que desfilava na av frei serafim...

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  2. Boa tarde sou aluna do curso de artes visuais da UFPI, gostaria de saber se na sua pesquisa você encontrou algum trabalho da baixa da égua,

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